1 de dez. de 2010

LER E ESCREVER PARTE I

  
POR ANGELA BORGES

Essa semana conversando com uma professora, sobre a prova que teríamos dia 5/12/2010, ela mencionou que precisava do material de apoio para estudar, pois ela não o tinha.
Peguei em casa tudo o que tinha de resumo e resenha, montei uma pasta e os dei para esta companheira.

Combinamos que após a aula ficaríamos um tempo estudando, ela concordou, conversamos muito neste dia, ela salientou que poucos estudavam e que ela sentia por parte de alguns profissionais do ensino que quando se combina de estudar, os profissionais estão sempre com sono e por isso preferem ensinar segundo aquilo que aprenderam em seus anos de experiências de sala de aula.

Respeitando o comentário, fiquei calada a ouvindo, pois a figuração sono que ela usou no assunto foi para exemplificar a postura do professor em sala de aula. Hoje o ensino da escola pública está mudado após a implementação dos guias de orientação didática do material LER E ESCREVER.

No outro dia pela manhã, conversamos sobre o material e as bibliografias da prova, chegamos a conclusão que alguns professores se esforçam muito, lêem, trocam idéias, procuram buscar aperfeiçoamento naquilo que eles mais encontram dificuldade na hora de fazer o aluno entender.

É o desejo dos grandes pensadores na área da educação.

Mas ainda notamos que muitos profissionais se asseguram naquilo que sabem e aprenderam a 30 ou 20 anos atrás, não estão melhorando seu desempenho, por que não gostam de ler estratégias de ensino renovadas, tem sono ou ainda acreditam que o ensino não mudou em nada, que o mesmo aluno do século 20 é o mesmo do século 21 e sabemos que não verdade.

Diariamente recebemos um carga explosiva de alunos que estão com dificuldades na escola, ( não me refiro a alunos que tem problema de saúde ou comportamento, descauculia, dislexia e outros de ordem clínica) Mas Segundo Ana Smolka, me refiro aos alunos que tem dificuldade, por não entenderem a proposta do nosso trabalho e não conseguiram encontrar a solução de suas dúvidas.

Há milhares de professores ótimos e infelizmente ainda tem outros milhares que não entendem a nova proposta, não buscam, não se interessam ou até se interessam, mas estão sempre com sono.

Nossos alunos estão bem acordados e cheios de vida para aprender, quando sentem, ( ainda que não saibam explicar), que o professor também está despreparado eles querem tomar a aula em nosso lugar e entre si, eles mesmos se organizam em sua própria discussão no que vão fazer naquele dia na aula. Isso gera a bagunça e a falação desorganizada. O ideal é formamos alunos pensantes, mesmo que estejam dentro de um contexto chamado falação organizada, por alguns períodos da aula.

O que é a falação organizada?

Os alunos devem compartilhar idéias dentro de um contexto pedagógico para aprenderem a interpretar os próprios textos e de outros autores, com autonomia, chamo esta situação de aula de falação organizada, pois estão ali trocando informações sobre o exercício que precisam realizar em duplas.

O que será que acontece quando um aluno que não apresenta problemas de saúde ou de falta, não consegue absorver durante 11 meses, aquilo que é ensinado na sala de aula?

Será mesmo que os professores que vivem com sono e tem muitos argumentos para culpar aos alunos, culpar o sistema, culpar a falta de material, sempre culpam o outro, será mesmo que estes professores estão certos em sua didática?

Considero plausível quando ouço: "Gostaria que meu filho fosse aluno da professora Y, X,Z." Isso acontece quando a família sente que o professor se preocupa com o que o filho vai aprender na escola, no lar, no parque, e etc.

E os professores que estão sempre com sono e não tem sede de aprender estão preocupados com o quê?

Não estou mencionando aqui os casos de Estresse, este é outro campo que queridos colegas ainda passam e precisam de tratamento e descanso, me refiro aos casos de professores saudáveis que não avançam naquilo que se deve ensinar.

O maior recebimento do professor é ver o avanço dos seus alunos, todos já sabiam que o salário seria inferior ao tempo que ele leva para preparar aula, quando ele prepara.
Não se empenhar em ler o material que recebemos para nos aperfeiçoarmos, não é desculpa para não darmos aos alunos da escola pública aulas e ensino de qualidade, que qualificam o aluno como levantador de opinião, questionador atuante, convicto de seus próprios anseios, que tenham dúvidas e querem uma resolução, seja de qualquer assunto ou tema.

Este não é discurso sobre quem é melhor ou não, mas um alerta aos que ainda que não perceberam que os alunos precisam de tudo que é necessário na fase inicial da escrita, sabendo lidar com autonomia as séries subsquentes que ainda enfretarão ao longo do currículo escolar.

Um comentário:

  1. Bom dia Ângela,
    Fiz o curso do Ler e Escrever... Sua preocupação é minha também. Leciono há 18 anos, mas todo início de ano parece ser a primeira vez... Atualmente faço uma Pós pelo REDEFOR/Unicamp, uma iniciativa do governos do Estado. Porém, como você mencionou no texto a cima, muitos não aderiram ao curso. E pelo que tenho observado, as Universidades estão fazendo de tudo para que o aluno cursista possa dar conta das tarefas, devido ao número crescente de desistência.
    Obrigada mais uma vez pela dica do CCo (rsrssr), de fato a gente vive aprendendo mesmo.
    Grande abraço e um bom começo de ano letivo.
    Profa. Soninha

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